O futebol mineiro está de volta a
Belo Horizonte. O Independência foi
liberado para receber os times da capital e os torcedores não precisam mais se
deslocar 70km até a Arena do Jacaré ou se contentar em acompanhar os jogos pela
televisão. Na teoria parece perfeito, mas quem foi a algum dos três primeiros jogos,
já tem muito a reclamar. O estádio ficou fechado por 917 dias e teve sua data
de reinauguração alterada 10 vezes, o que não justifica tantas falhas. No setor
tecnológico, as redes de celular e internet ficaram comprometidas, dificultando
a comunicação e o trabalho da imprensa; a estrutura de alguns bares e banheiros
ficou a desejar, o acesso ao estádio, tanto no trânsito como nas filas para
entrar, foi um tanto desorganizado, com muitos torcedores entrando sem
ingresso; além do polêmico problema da visibilidade em alguns setores: seis mil assentos, cerca
de 24% da capacidade, ficaram com a visão prejudicada por causa dos
guarda-corpos de proteção.
Reclamações também surgiram em
relação ao preço dos alimentos dentro do estádio. Além de não oferecerem o
tradicional “tropeirão”, que era quase uma marca registrada do Mineirão, os
bares do Independência estão abusando do torcedor ao vender um copo de
refrigerante por R$ 4 e salgados por R$ 5. Muitos consumidores reclamaram do
preço e outros, ao saberem quanto teriam que desembolsar pelos produtos, até
desistiram de consumir. A justificativa para a ausência do “tropeirão” nos
cardápios é a falta de gás nos bares do estádio, o que impossibilita o preparo
do prato, e esse é um problema que ainda não tem previsão de solução.
Já a questão da visibilidade
parece estar com os dias contados. O Ministério Público interveio e uma saída para o caso deve
ser apontada no mês de junho, quando expira o prazo de 90 dias dado pelo órgão. A BWA, empresa que administra o
Independência, afirmou que já está tomando providências com relação aos
problemas de rede para celular e internet. E sobre o trânsito, as filas e o
preço dos alimentos, ninguém se pronunciou.
Voltamos para casa; mas uma
faxina para deixar tudo em ordem seria muito bem vinda.
Fotos: Observatório do esporte
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