quarta-feira, 9 de maio de 2012

Lar, quase doce lar

Por Moema Vianna 


O futebol mineiro está de volta a Belo Horizonte.  O Independência foi liberado para receber os times da capital e os torcedores não precisam mais se deslocar 70km até a Arena do Jacaré ou se contentar em acompanhar os jogos pela televisão. Na teoria parece perfeito, mas quem foi a algum dos três primeiros jogos, já tem muito a reclamar. O estádio ficou fechado por 917 dias e teve sua data de reinauguração alterada 10 vezes, o que não justifica tantas falhas. No setor tecnológico, as redes de celular e internet ficaram comprometidas, dificultando a comunicação e o trabalho da imprensa; a estrutura de alguns bares e banheiros ficou a desejar, o acesso ao estádio, tanto no trânsito como nas filas para entrar, foi um tanto desorganizado, com muitos torcedores entrando sem ingresso; além do polêmico problema da visibilidade em alguns setores: seis mil assentos, cerca de 24% da capacidade, ficaram com a visão prejudicada por causa dos guarda-corpos de proteção.

Reclamações também surgiram em relação ao preço dos alimentos dentro do estádio. Além de não oferecerem o tradicional “tropeirão”, que era quase uma marca registrada do Mineirão, os bares do Independência estão abusando do torcedor ao vender um copo de refrigerante por R$ 4 e salgados por R$ 5. Muitos consumidores reclamaram do preço e outros, ao saberem quanto teriam que desembolsar pelos produtos, até desistiram de consumir. A justificativa para a ausência do “tropeirão” nos cardápios é a falta de gás nos bares do estádio, o que impossibilita o preparo do prato, e esse é um problema que ainda não tem previsão de solução.
Já a questão da visibilidade parece estar com os dias contados. O Ministério Público interveio e uma saída para o caso deve ser apontada no mês de junho, quando expira o prazo de 90 dias dado pelo órgão.  A BWA, empresa que administra o Independência, afirmou que já está tomando providências com relação aos problemas de rede para celular e internet. E sobre o trânsito, as filas e o preço dos alimentos, ninguém se pronunciou.

Voltamos para casa; mas uma faxina para deixar tudo em ordem seria muito bem vinda.




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