domingo, 30 de dezembro de 2012

2000 e GALO!


                             


Em 2012 iniciamos com o nosso blog e de pouco a pouco fomos crescendo cada vez mais graças a vocês que nos acompanham. E não poderíamos deixar de desejar um Feliz dois mil e galo pra vocês! Que este novo ano nos traga muitas alegrias com muitas vitórias do nosso glorioso Clube Atlético Mineiro, e que nos tragam mais surpresas boas e grandes contratações para esta nova temporada. 
Em nome da Equipe Scarpin Sport Clube, venho agradecer a todos que nos apoiam e continuem com a gente em 2013.


FELIZ DOIS MIL E GALO!


segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Um "clássico" resumo de 2012 !


Por: Moema Vianna

Não adianta prever, não adianta criar expectativas, não adianta se prevenir! Se você ainda não constatou isso, saiba que cada jogo do Atlético é incrivelmente capaz de criar uma sensação inédita nos seus torcedores. Mesmo que você assista no mesmo lugar, com as mesmas pessoas e uma partida contra o mesmo adversário. Sempre vai ser diferente; sempre!

O último clássico, último jogo do melhor Atlético dos últimos tempos, não seria diferente. Quem não pensou em descontar a tragédia do ano passado, em arrancar aquele gosto amargo que ainda está agarrado em nossas gargantas, pode se internar num centro de reabilitação para atleticanos. E eu, mais uma vez sem ingresso graças à insanidade da torcida a qual pertenço, não arrisquei ir à porta do estádio e fui pro Bar do Salomão. Pra quem não sabe, é um dos mais genuínos bares de atleticanos em Belo Horizonte. E confesso que ainda me surpreendi.

Durante o jogo vi copos voando, vi um senhor com os netos como se estivessem no estádio, vi pessoas se descontrolando quando alguém insistia em passar na frente da televisão, vi uma amizade praticamente se desfazendo no segundo gol adversário. Mas em seguida, vi o gol da virada provocar o aperto de mão seguido de abraço mais emocionante que presenciei na vida, e a amizade quase perdida se refez num juramento no melhor estilo alvinegro: prometendo ser Um Vez Até Morrer!

Foto: Gabriel Castro
A partida em si, além de mais um teste para o coração da Massa, foi um resumo do Atlético no ano de 2012: tirando R49, que teve uma de suas “piores” (se é que pode-se dizer isso) atuações, a substituição do maestro já foi uma manifestação de que no Galo manda quem pode e obedece quem tem juízo. Cuca nos fez mais esperançosos quanto à sua renovação como treinador. Bernard honrou o título de revelação do campeonato, Réver e Léo Silva mostraram no melhor estilo artilheiros, porque formam a melhor zaga do Brasil; e o time como um todo, vestiu literalmente a camisa e incorporou o hino, lutando com toda a raça pra vencer! Raça, entrega, paixão, comprometimento, união e uma vontade incrível por parte dos jogadores de retribuir tudo aquilo que eles recebem das arquibancadas. Talvez isso explique a invencibilidade de 36 jogos em casa. Há um ano e três meses alvinegros não veem uma derrota do Atlético, seja em Belo Horizonte ou em Sete Lagoas.

Enfim; uma virada sobre o maior rival não podia ter sido mais adequada para fechar e resumir um ano em que começamos totalmente desacreditados, reféns da nossa própria paixão. Porém, chegamos ao final de 2012 renovados, satisfeitos e esperançosos; certos de que vingamos sobre todas as previsões de fracasso que nos atormentavam e surpreendemos até o mais otimista dos atleticanos.

E para os torcedores de vôlei recalcados de plantão, um recado: comemoramos sim, o segundo lugar de um dos campeonatos mais disputados do mundo. A vocês atleticanos, um pedido: descansem. Depois de um ano como esse, nada melhor que umas férias para prepararmos os corações e pulmões para tudo aquilo que nos espera em 2013! Não se esqueçam que 13 é GALO!

Saudações!
Foto: Gabriel Castro

domingo, 2 de dezembro de 2012

Parabéns Galo!

De: Paula Regina



O clássico de hoje realmente foi impressionante. Não só pela vitória atleticana, mas porque foi emoção a cada minuto de jogo! Apesar de algumas falhas, os dois times estavam jogando com raça, com vontade. E souberam aproveitar muito bem as oportunidades que tiveram. Foram bolas na trave, pênalti defendido, expulsões...


Mas como sou atleticana fanática, não posso poupar elogios ao Atlético pela ótima campanha realizada este ano, e a invencibilidade em jogos em casa. 2012 foi um ano fantástico, tivemos grandes nomes e grandes revelações no elenco. Por deslises nossos, não mantivemos a liderança, mas ficamos em segundo lugar e com passe direto pra Libertadores 2013.



Quanto à torcida, não tem nem o que falar. Sempre compareceu e lotou estádio, se mostra mais apaixonada a cada dia. Sempre apoiaram e fizeram críticas quando preciso. E ainda há quem diga que somos simpatizantes...







Que 2013 seja um ano de glórias e títulos importantes, que venham muitas vitórias e mais alegrias para o Galo. E depois de tantas emoções e quase infartos, não há dúvidas que possamos sobreviver ao "fim do mundo".




          
                          
    Parabéns Clube Atlético Mineiro!



Amor branco e preto

Texto publicado no jornal Estado de Minas, em 25 de março de 2002. Foi a última homenagem de Roberto Drummond ao Atlético, no dia do 94º aniversário de fundação do clube, menos de três meses antes da sua morte.



Não diga que eu sou branco.
Que eu sou negro.
Que eu sou amarelo.
Que eu sou vermelho.
Branca e preta é a minha pele, e o Atlético é o sonho meu.
Se eu procurar o amor, e disserem que o amor morreu.
Se tentar cantar e souber que a canção acabou.
Se for trabalhar, e falarem que eu não tenho mais trabalho.
Se eu procurar meu pai e informarem que meu pai morreu.
Se eu procurar pela mãe, e falarem: sua mãe morreu.
Se chamar pela moça amada, e for em vão minha procura.
Se sentir sede, e não houver mais água.
Se tudo for assim, mesmo sem uma canção, ainda assim cantarei e gritarei:
Galo.

O Atlético é como pai da gente.
É água na hora da sede.
É o obro amigo onde você pode desabafar suas mágoas.
Se me mandarem para uma ilha deserta, ainda assim eu não estarei só, porque o Atlético vai comigo.
Se eu for pra China.

Se for pra Cochinchina, Coréia ou Japão.
Em lugar algum, cercado de estrangeiros, eu não me sentirei só porque o Atlético vai comigo.
O Atlético me ensinou a amar o mundo.
Viva o Campeão do Gelo.
Via o Atlético de todos os times.
Viva o time de Kafunga, Murilo e Ramos (depois Osvaldo), viva o grande Mexicano, um viva para o Zé do Monte, e Silva ( que morreu tuberculoso), viva Carango, depois Afonso Bandejão. 

Com Lucas, que fazia gols ao apagar das luzes, escrevo esta crônica.
Prossigo com Lauro, que ainda vive, com o meu herói e amigo Carlaile e seus gols de bicicleta, com Lero (depois Alvinho) e Nívio, que era de Santa Luzia, eu sigo em frente.
Não sou do PT, nem do PSDB, nem do PPS ou do PC do B.

Do PFL eu não sou.
Eu amanheço Lula e anoiteço Serra.
Fico indeciso em quem votar.
Só o Atlético é minha verdade.
Amo a moça loura.
Amo a morena.

A moça negra eu amo.
Mas a moça alvinegra é que mora no meu coração.
Já mudei de tudo neste mundo.

Mudei de cidade.
Mudei de partido político.
Mudei de religião e ao catolicismo voltei.
Já fui ateu e acreditava em Deus. Coisa de mineiro.
Mudei de casa.
Mudei de amor ( e a uma mulher morena voltei).
Eu só não mudei de time: faça sol ou faça chuva, anoiteça ou amanheça, na alegria e na dor, eu só não mudei de time.
O Atlético é meu café da manhã.
É o cigarro que não fumo.
É o sono que eu não durmo.
É minha insônia e minha canção.
É meu primeiro e meu último amor.
Eu sou como o atléticano.
Se houver uma camisa preta e branca pendurada no varal durante uma tempestade, o atleticano torce contra o vento.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

10| dezembro| 2001

O Atlético fica de fora da decisão do Campeonato Brasileiro de 2001. O time, que precisava vencer, perde para o São Caetano por 2 a 1, de virada, em São Caetano do Sul. grande São Paulo. Foi o último jogo decisivo do clube comentado pelo cronista Roberto Drummond.

                                                  Quando um homem chora




-Pai- disse o menino atleticano de 11 anos, que se sentia um homem, vestindo uma camisa branca e preta, tentando conter o choro depois da vitória do São Caetano debaixo d'água.
- O que é, meu filho? - falou o pai, abraçado com uma bandeira atleticana, sentado num sofá diante a televisão.
-É verdade, pai, que homem que é homem não chora? - seguiu o menino e ficou de pé na sala.
-Bobagem, meu filho - e o pai tentou disfarçar o nó na garganta.-O homem de verdade chora até por causa de uma mulher.
- Você jura, pai?
- Juro, meu filho.
-E quando o Galo perde, pai, um homem chora?
-Chora, meu filho.
-Você já chorou por causa do Galo, pai? - insistiu o menino.
-Já meu filho.
-Chorou muitas vezes, pai?
-Muitas vezes, meu filho. Mas eu já cantei muitas vezes, meu filho. E vibrei e dancei na chuva. Por causa do Galo, meu filho, eu já chorei até de alegria.
-Chorar de alegria não vale, pai.
-É a mesma coisa, meu filho.
-Não é não, pai.
-Dá na mesma, meu filho.
-Quando eu era um menininho, eu chorava por qualquer coisa pai.
-Você ainda é menininho, filho.
-Eu sou um homem, pai. Lembra quando eu fiz 11 anos, pai?
-Lembro meu filho. Foi outro dia mesmo.
-Mas desde que eu fiz 11 anos pai, eu nunca mais chorei. Lembra quando eu fiquei apaixonado por minha professora de matemática, pai?
-Nunca vou me esquecer, filho. Você não falava em outra coisa.
-Naquela época, pai, eu chorava porque só tinha 10 anos. Mas, se fosse hoje, e minha professora de matemática ficasse noiva de outro, eu não ia chorar porque sou um homem.
-Eu entendo, meu filho.
-Mas agora, pai, eu sou um homem e não vou chorar porque eu sou um homem e eu não quero que nenhum garoto cruzeirense diga que me viu chorando porque o Galo perdeu pro São Caetano.
-Mas não tem nenhum menino cruzeirense aqui se você chorar, meu filho, ninguém vai saber.
-Deus vai saber, pai.
-Deus sabe tudo e vê tudo, meu filho.
-Pai -falou o menino com um nó na garganta e a ponto de cair em prantos -, Deus é atleticano, pai?
-Deus está muito ocupado, meu filho, com as guerras pra se preocupar com futebol.
-Eu pensava, pai, que Deus fosse atleticano. Uma vez, pai, eu fui numa missa, e o padre disse que Deus é atleticano.
-Deus torce por todos os times, porque não fica bem para Deus tomar um partido nem nas guerras nem no futebol. Se dependesse de Deus, meu filho, judeus e palestinos iam se abraçar como irmãos e acabar a matança no oriente Médio.
-Me abraça, pai - pediu o menino.
O pai abraçou o menino, enquanto os foguetes que os cruzeirenses soltavam para comemorar a derrota do Galo explodiam, e os carros fazendo buzinaço passavam na rua. Então, pai e filho começaram a chorar até o ponto que o menino atleticano chegou à janela do apartamento e gritou, abafando os foguetes e o buzinaço dos cruzeirenses.
- Gaaaaaaaalôôôôôô!

Texto retirado do livro "Uma paixão em preto e branco" de Roberto Drummond.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Renova R49

Por: Fred Melo Paiva



R49, meu filho, o que eu posso lhe dizer é o seguinte: renove. Você tem pelo menos sete razões pra fazer isso. Ei-las:

1– O Atlético é o clube mais amado do mundo. Não é o mais rico, não é o mais vitorioso. Mas a devoção da sua torcida não tem igual – é algo que transcende o futebol, o esporte e as coisas palpáveis da vida. O Fluminense tem Fred (e a CBF). O Santos tem Neymar (e as neymarzetes). Mas o Atlético tem a torcida do Atlético, e isso vale duas dúzias de Neymar, uma centena de Fred e um quatrilhão de José Maria Marin. O Atlético, Ronaldinho, não é um time de futebol – seria uma religião. Em outros clubes você pode ser ídolo. Você foi ídolo no Grêmio, no Paris Saint-Germain, no Barcelona, no Milan, até no Flamengo. Um ídolo no Atlético não é ídolo, é Deus.

2– O atleticano te acolheu quando você mais precisou. Deus não é amor? Foi isso que o atleticano lhe deu – a você e também à dona Miguelina. Você pode ir embora se quiser. Terá cumprido seu contrato com honestidade, honrado a camisa e enchido de orgulho o atleticano. Em seis meses, tão pouco tempo, você nos fez chorar tantas vezes – no gol contra o Cruzeiro, no passe para a cabeçada do Leonardo Silva. Choramos com você a morte do seu padrasto naquele gol contra o Figueirense. Você tem todo o direito de aceitar a melhor proposta financeira. Você veio da favela. É negro, foi pobre, não consertou os dentes – o biótipo da população excluída da festa e exterminada pela polícia. Só você sabe onde o calo aperta. Mas, olha, Ronaldinho, humildemente digo que a vida está lhe dando uma oportunidade de fazer diferente. Não é só com o dinheiro que a gente paga certas contas.

3 – É muito arriscado sair do Atlético. Se fosse do Cruzeiro, tudo bem. O problema do Galo é que, uma vez saído, você descobre que se tornou atleticano – e nisso está embutida a doença, porque todo atleticano é um atleticano doente. Você vai começar lendo umas notícias pra saber como estão os antigos companheiros. E vai terminar ouvindo até jogo-treino pelo radinho de pilha. Eu não sei, Ronaldinho, se você já deu um pé na mulher da sua vida em favor de uma buzanfa mais bem desenhada. Vou lhe falar: depois dá uma vontade de voltar, viu... É esse sentimento que acomete o sujeito quando ele sai do Galo. Dá uma falada com o Tardelli antes de bater o seu martelo.

4 – Ronaldinho, você precisa jogar no Mineirão. Você pode ter feito chover no Camp Nou, mas o Mineirão lotado cantando a sua música num jogo de Libertadores, com aquele pessoal subindo e descendo os braços, vou lhe falar: Camp Nou vai ficar é pequeno.

5– O Galo vai ser campeão. Com a estrutura que tem, o planejamento que está feito, o time que montou e será reforçado, nos próximos dois anos o Atlético leva um campeonato nacional ou uma Libertadores. Ninguém segura.

6 – No Galo, você vai voltar à Seleção e jogar a Copa. Porque aqui você tem ambiente, projeto e time para brilhar.

7- E, pra não dizer que não falei das flores, ainda tem as mineiras, com esse sotaquezinho que você já sabe. Que seja por elas. Renove, R49, que você acaba arrumando até uma esposa.





Lembrando que esse texto foi tirado da coluna do Fred Melo Paiva no Super Esportes. 

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Lições de uma quase ida ao estádio!

Por: Moema Vianna




O dia 21 de Outubro de 2012 era pra ser mais um domingo comum na minha vida. Era. Em Belo Horizonte, em função do aniversário da minha irmã, eu não tinha comprado ingresso antecipado e por isso não tinha pretensões de assistir ao jogo Atlético x Fluminense no Independência; ou eu pensava que não tinha. Eu e minha irmã fizemos planos de ir pro Bar do Salomão, mas acabamos decidindo ir ver na casa do meu cunhado. Já no ponto de ônibus esperando pra ir pra Pampulha, um grupo de atleticanos que ia pro Estádio me mostrou que o final de semana inteiro eu tentei me enganar, tentei convencer a mim mesma de que eu realmente não tinha pretensões de ir ao Independência.

Ao ver aqueles cinco atleticanos, debaixo do sol quente no ponto de ônibus, cheios de esperanças e já entregues ao clima de decisão daquele jogo, sugeri à minha irmã, meio que como quem não quer nada: “Iara, vamos pro Independência? O máximo que a gente vai perder é o dinheiro do ônibus, não custa tentar!” Apesar da aparência de que aquela era só uma ideia, e que não faria diferença o sim ou não, tudo que eu precisava naquele momento era qualquer gesto de aprovação da minha sugestão. E ele veio, pra aliviar toda a minha apreensão em pensar que eu estaria tão perto e tão longe do Galo naquele dia. Era inaceitável. Na mesma hora, um bombardeio de pensamentos passou pela minha cabeça: como eu poderia ter duvidado da minha vontade? Como eu poderia ter desistido antes de tentar? E, apesar de acreditar muito em destino, o que aconteceu domingo foi no melhor estilo coincidências que só acontecem entre atleticanos: um carro parou do nosso lado com dois alvinegros prontinhos pra ir pro Estádio, e quando perguntei se nos dariam carona, eles reagiram tão prontamente e de forma tão positiva, que foi quase como um “E você ainda pergunta?”.

Chegamos lá sem ingresso, mas cheias de esperança assim como as centenas de atleticanos que estavam na mesma situação que a nossa. O jogo começou e aqueles mais descrentes já procuravam lugar nos bares ao redor, porque não valia à pena ir embora, não valia à pena deixar aquela energia fantástica que estava no ar. E mesmo que minha esperança de conseguir uma entrada fosse diminuindo a cada “Infelizmente não tenho ingresso, moça” que eu escutava, a solidariedade e compaixão da massa me encantavam ainda mais.  Incansáveis na nossa busca, ficamos todo o primeiro tempo rondando torcedores, quase suplicando por um ingresso. E nada. Escutar somente o eco da Massa aos 21 minutos de jogo foi a pior e melhor sensação da minha vida. Pior por não saber por um milésimo de segundo o que estava acontecendo, e melhor por ser essa a prova de que não precisamos ver o Atlético para crer no Atlético. Mas como uma espécie animal que tem sua própria forma de se comunicar, mesmo que depois tenham arrancado ele de nós, naquele momento eu sabia que tinha sido gol, eu sabia identificar a mensagem que estava sendo transmitida pela minha Nação! E continuamos procurando... No intervalo do jogo, com todas as chances esgotadas, resolvemos ir pra um barzinho ali mesmo, do lado do Independência. E assim foi o segundo tempo; mas dessa vez o alívio ou decepção vinham mais rápido, através dos radinhos dos outros torcedores.

Foto: Moacir Gaspar
O segundo gol do Fluminense foi um dos maiores baldes de água fria que já tomei na vida. Tão gelado que me fez querer ir embora antes do jogo terminar e dar graças a Deus de não ter conseguido ingresso (na verdade, acho que não ter conseguido foi um castigo por tamanha fraqueza e desconfiança da minha parte). E quando eu já caminhava pra ir embora ouvindo a torcida adversária entoar um canto “originalmente plagiado” pela mariada, de novo o eco da massa tomou conta das ruas! Mas esse grito era diferente. Tão diferente, tão intenso e tão ensurdecedor que nem eu, pertencente ao bando, consegui decifrar. E após um segundo de dúvida, toda angústia e toda desconfiança sumiram e deram lugar às buzinas, aos gritos, aos loucos correndo na rua e aos sorrisos em meio às lágrimas. Tudo isso parecia gritar no meu ouvido: NUNCA DUVIDE DO ATLÉTICO!

        Nesse penúltimo domingo de Outubro, eu me arrependi de ter duvidado do Atlético, eu me arrependi de não ter ficado no bar pra ver o último gol, eu me arrependi de não ter comprado ingresso antecipado e mais: eu me arrependi de por uns minutos, ter me arrependido de sair de casa pra ver “aquilo”. Eu só não me arrependi, em momento algum, de ser atleticana! Esse sentimento não oscila, não tem altos e baixos, não é passível de dúvidas.

        E agora que a emoção do momento já passou, analisando friamente tudo que aconteceu, posso garantir que foi uma das experiências mais fantásticas que eu já vivi na minha vida com o Atlético. E digo mais: todo atleticano deveria experimentar a sensação de “quase estar no Estádio”. Mas preparem suas gargantas, seus pulmões e seus corações!

        Saudações!
Foto: desconhecido

Foto: Gabriel Castro

domingo, 21 de outubro de 2012

Galo x CBFlu

Por: Paula Regina




Mesmo com roubos da arbitragem, o Galo conseguiu vencer o Fluminense hoje por 3 a 2 de virada no Estádio Independência. O jogo que teve maior posse de bola atleticana, com vários chutes a gol, 3 bolas na trave e um gol mal anulado.

O gol mal anulado acendeu a vontade de jogo do time alvinegro, mas com uma pequena falha, o Fluminense fez um rápido contra-ataque conseguindo abrir o placar com Wellington Nem no início do segundo tempo. 13 minutos depois, numa arrancada de Ronaldinho que tocou para Jô chutar e empatar o jogo.

Logo mais, aos 36 minutos, Ronaldinho tocou para Bernard que arrancou e deixou na medida para Jô cabecear e virar o placar, 2 a 1. Mas 3 minutos depois Carlinhos fez uma boa jogada e tocou para Fred marcar, 2 a 2.


Aos 47 Ronaldinho centrou na área para Leonardo Silva cabecear e conquistar o terceiro gol e vitória alvinegra. Final: Galo 3 a 2 Fluminense.

A vitória merecida diminui a vantagem do Fluminense para 6 pontos e reacende as esperanças do torcedor atleticano para a conquista do título que ainda restam 6 rodadas para o final do campeonato.


Foi de longe o melhor jogo do campeonato e continua o Galo contra tudo e contra todos!


segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Continuamos na Luta...






Com um show de Ronaldinho Gaúcho o galo goleia o figueira

Voltar a vencer e vencer em grande estilo.Esse foi o jogo do galo no último sábado.Com um jogo espetacular de Ronaldinho Gaúcho, o Independência viu um galo com raça, vontade de vencer desde o inicio, um time que há muito tempo não víamos em campo .R49 fez um golaço de fora da área, deu assistências para Réver e Bernard, marcou em cobrança de falta por baixo da barreira e ainda converteu um pênalti. A goleada foi complementada com gol de Carlos César.O alvinegro mineiro somou 56 pontos, a seis do Líder flu.A torcida atleticana lotou o Independência para apoiar o galo.Aos 11 minutos golaço de R49 e depois chorou pela perda do padrasto na sexta-feira.Aos 23 foi a vez de Réver marcar.Já aos 30 Ronaldinho voltou a marcar de falta.Na etapa final do jogo o galo diminui o ritmo e o figueirense teve  uma chance.Novamente Ronaldinho marcou de pênalti, fazendo o quarto gol do galo.O espetáculo de Ronaldinho teve mais um ato aos 22 minutos do segundo tempo. O meia dominou a bola na intermediária de defesa e partiu. Depois de deixar vários adversários para trás, ele enfiou bola com precisão para Bernard, que finalizou na saída do goleiro: 5 a 0.O último gol saiu dos pés de Caralos César, outro golaço.O galo vai a Porto Alegre enfrenta um Internacional desfalcado na próxima rodada.Já o Figueirense enfrenta o Bahia em Salvador. 

ATLÉTICOVictor, Marcos Rocha (Carlos César, aos 30' do 2º tempo), Réver (Richarlyson, aos 19' do 2º tempo), Rafael Marques e Junior César; Serginho, Fillipe Soutto, Guilherme, Ronaldinho e Bernard; Jô Técnico: CucaFIGUEIRENSEWilson; Elsinho, João Paulo, Sandro e Hélder; Jackson, Túlio, Claudinei, Guilherme Lazzaroni (Júlio César, no intervalo) e Almir (Botti, aos 21' do 2º tempo); Aloísio Técnico: Márcio GoianoMotivo: 28ª rodada do Campeonato BrasileiroEstádio: Independência, em Belo HorizonteData: 5 de outubro (sábado)Gols: Ronaldinho Gaúcho, aos 11' e aos 30' do 1º tempo e aos 18 do 2º tempo; Réver, aos 23' do 1º tempo; Bernard, aos 22' do 2º tempo; e Carlos César, aos 36' do 2º tempoÁrbitro: Guilherme Ceretta de Lima (SP)Assistentes: Bruno Salgado Rizzo (SP) e Daniel Paulo Ziolli (SP) Cartões amarelos: Jackson, Túlio, Sandro e Júlio César (Figueirense); Victor (Atlético)Cartão vermelho: Jackson, aos 32' do 1º tempo

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Um apelo ao time do Galo!


Foto: Yuri Edmundo


Antes de qualquer coisa, como sei que nossa torcida é 99, senão 100% composta de FANÁTICOS no sentido mais literal da palavra, resolvi alertar os leitores sobre uma verdade: constatar não é cornertar. É perceber que alguma mudança é necessária, para o bem do time e da torcida. Além disso, enxergar essas necessidades não significa deixar de apoiar. Eu inclusive, desconheço essa frase quando o assunto é o Atlético. Mas depois das últimas partidas, de uma sequência de jogos ruins e de um total de três derrotas no segundo turno contra uma em todo o primeiro turno, existem algumas coisas que ficam claras.

Não é preciso ser nenhum expert para notar a diferença (pra não dizer um abismo) entre o futebol apresentado pelo time nos dois turnos. Para isso basta saber que terminamos o primeiro turno líderes, com um jogo a menos, e um aproveitamento recorde. Já se fosse analisado somente o returno, ocuparíamos alguma inexpressiva posição na tabela. Não sendo os números suficientes para alguns, falemos de jogadores especificamente: peças importantíssimas para o Atlético como Réver e Leonardo Silva, nossas “torres gêmeas”, mostraram nervosismo e atitudes desnecessárias nos dois últimos jogos, prejudicando claramente o time. (O que não me faz deixar de achar que são os melhores zagueiros do Brasil, com convicção)! Jogadores como Marcos Rocha e o próprio Ronaldinho tiveram uma queda de rendimento, o que seria normal se tratando de três ou quatro rodadas em um campeonato tão longo. Mas o futebol apresentado já não é o mesmo desde o ínicio do returno, que já está na sua oitava rodada.

Foto: Yuri Edmundo
Não creio que o Atlético precise de reforços, nem que a culpa seja do técnico Cuca, como alguns já ousam dizer. Acho que está faltando vontade, sim. Temos um time, ou melhor, um elenco de qualidade inquestionável, mas de atitudes questionáveis ultimamente. Um time que perdes bolas no campo de defesa, facilitando o jogo dos adversários; um time que não tem conseguido finalizar com precisão, que sofre “apagões” durante o jogo e que teve o goleiro como o nome do jogo nas últimas rodadas. Com atuações assim só nos restaria brigar por uma vaga na Libertadores. E digo BRIGAR! Mas o atleticano acredita, e acredita até o fim!

E o apoio da Massa continua. Mesmo com um estádio relativamente pequeno, temos uma das melhores médias de público do campeonato, e assim vai continuar; porque é incondicional! A sequência de jogos não é fácil, o fim do campeonato se aproxima e o desgaste físico é inevitável, mas temos time para enfrentar cada adversário que ainda teremos pela frente. E que cada jogo seja para vocês jogadores, o que tem sido pra nós, torcedores: uma final de Copa do Mundo! Porque vocês têm tudo para serem campeões! E que não se esqueçam da raça, da união, da vontade e da paixão que já calaram tantos adversários esse ano, e ainda vão calar milhões de pessoas até o fim do campeonato, enquanto a Nação Alvinegra vai gritar como nunca. Saudações!

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Leonardo Silva

Por  Rafaella Gonçalves 


Continuando a sequência, hoje iremos falar do nosso zagueiro artilheiro Leonardo Silva.



Nome: Leonardo Fabiano da Silva e Silva
Apelido: Léo Silva
Posição: Zagueiro
Data de Nascimento: 22/06/1979
Local de Nascimento: Rio de Janeiro (RJ)
Altura: 1,92m 
Peso: 80kg
Pé preferido: Destro


Nosso zagueiro artilheiro começou a carreira no América-RJ. Em 2002 foi para o Brasiliense já em 2004 defendeu o Bahia durante toda a temporada e lá se destacando e assim sendo contratado pelo Palmeiras, e não obtendo muitas oportunidades foi emprestado à portuguesa. Em 2008 foi campeão baiano pelo vitória e assim de destacando novamente no campeonato Brasileiro.
Em 2009 foi emprestado ao Cruzeiro, sendo um dos melhores jogadores do elenco. Já em junho de 2010 nosso zagueiro sofreu uma lesão ficando 6 meses afastado e não renovou contrato com o clube, sendo liberado pelo cruzeiro. E para o ano seguinte foi contratado pelo Atlético Mineiro por 2 anos, onde vem se destacado e com isso o atlético anunciou a renovação do contrato até 2014.



Títulos :
2002- Campeonato Brasiliense 
2002- Campeonato Brasileiro - série C (Brasiliense-DF)
2008- Campeonato Baiano (Vitória)
2009- Torneio de Verão (Cruzeiro)
2009- Campeonato Mineiro (Cruzeiro)
2012- Campeonato Mineiro (Atlético-MG)

Outros:
2009 - Melhor quarto zagueiro do Troféu Guará (Cruzeiro)
2011- Melhor quarto zagueiro do Troféu Guará (Atlético)

  Alguns vídeos do atleta:








terça-feira, 25 de setembro de 2012

Rafael Marques




Para dar continuidade a fase dos zagueiros, vamos falar sobre outro zagueiro alvinegro atualmente na reserva, mas como diz o técnico Cuca, também é um titular: Rafael Marques.
 
Nome: Rafael Marques Pinto
Posição: Zagueiro
Data de Nascimento: 21/09/1983
Local de Nascimento: Rio de Janeiro
Altura: 1,85m 
Peso: 83kg
Títulos
2006 - Campeonato Carioca (Botafogo-RJ)
2010 - Campeonato Gaúcho (Grêmio-RS)
2012 - Campeonato Mineiro (Atlético)
 
Revelado das categorias de base do Brasiliense, ganhou destaque jogando pelo Botafogo, time que defendeu por 4 temporadas e ajudou a conquistar o Campeonato Carioca em 2006. Deixou o Goiás, time que atuou na temporada de 2008, para atuar pelo Grêmio, onde conquistou o Campeonato Gaúcho em 2010, ficando conhecido como o zagueiro goleador por ter feito 18 gols em 152jogos com a camisa tricolor. Chegou ao Atlético no início deste ano, e tem um contrato de 2 anos com o clube. Assim que chegou no Galo foi titular no lugar de Leonardo Silva que estava contundido, e eu seu 3º jogo marcou seu primeiro gol com a camisa alvinegra, garantindo a vitória sobre a Caldense pelo Campeonato Mineiro.
Como já era de se esperar, Rafael Marques ficou completamente apaixonado pela massa atleticana, chegando a dizer em uma entrevista ao globo esporte que nunca havia visto nada igual.
"Vi uma coisa muito positiva na torcida do Grêmio, mas a torcida do Atlético-MG eu nunca vi igual. A paixão que cada um tem é loucura mesmo, os caras são loucos. Ganhando ou perdendo eles estão vibrando e cobrando o tempo inteiro. São apaixonados. Não é aquela coisa, está ganhando está incentivando, está perdendo, fica calado. Eu e o Réver chegamos a comentar isso dentro do campo. Falei: "Réver, os caras não param de cantar. Mesmo a gente perdendo os caras estão loucos. É de arrepiar". Quando viramos o jogo e nesse momento, comecei a arrepiar dentro de campo. Esses caras são loucos!”
 Alguns vídeos do atleta:







E amanhã é a vez de Leonardo Silva, outro zagueiro que nos tem dado muitas alegrias!