domingo, 30 de dezembro de 2012

2000 e GALO!


                             


Em 2012 iniciamos com o nosso blog e de pouco a pouco fomos crescendo cada vez mais graças a vocês que nos acompanham. E não poderíamos deixar de desejar um Feliz dois mil e galo pra vocês! Que este novo ano nos traga muitas alegrias com muitas vitórias do nosso glorioso Clube Atlético Mineiro, e que nos tragam mais surpresas boas e grandes contratações para esta nova temporada. 
Em nome da Equipe Scarpin Sport Clube, venho agradecer a todos que nos apoiam e continuem com a gente em 2013.


FELIZ DOIS MIL E GALO!


segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Um "clássico" resumo de 2012 !


Por: Moema Vianna

Não adianta prever, não adianta criar expectativas, não adianta se prevenir! Se você ainda não constatou isso, saiba que cada jogo do Atlético é incrivelmente capaz de criar uma sensação inédita nos seus torcedores. Mesmo que você assista no mesmo lugar, com as mesmas pessoas e uma partida contra o mesmo adversário. Sempre vai ser diferente; sempre!

O último clássico, último jogo do melhor Atlético dos últimos tempos, não seria diferente. Quem não pensou em descontar a tragédia do ano passado, em arrancar aquele gosto amargo que ainda está agarrado em nossas gargantas, pode se internar num centro de reabilitação para atleticanos. E eu, mais uma vez sem ingresso graças à insanidade da torcida a qual pertenço, não arrisquei ir à porta do estádio e fui pro Bar do Salomão. Pra quem não sabe, é um dos mais genuínos bares de atleticanos em Belo Horizonte. E confesso que ainda me surpreendi.

Durante o jogo vi copos voando, vi um senhor com os netos como se estivessem no estádio, vi pessoas se descontrolando quando alguém insistia em passar na frente da televisão, vi uma amizade praticamente se desfazendo no segundo gol adversário. Mas em seguida, vi o gol da virada provocar o aperto de mão seguido de abraço mais emocionante que presenciei na vida, e a amizade quase perdida se refez num juramento no melhor estilo alvinegro: prometendo ser Um Vez Até Morrer!

Foto: Gabriel Castro
A partida em si, além de mais um teste para o coração da Massa, foi um resumo do Atlético no ano de 2012: tirando R49, que teve uma de suas “piores” (se é que pode-se dizer isso) atuações, a substituição do maestro já foi uma manifestação de que no Galo manda quem pode e obedece quem tem juízo. Cuca nos fez mais esperançosos quanto à sua renovação como treinador. Bernard honrou o título de revelação do campeonato, Réver e Léo Silva mostraram no melhor estilo artilheiros, porque formam a melhor zaga do Brasil; e o time como um todo, vestiu literalmente a camisa e incorporou o hino, lutando com toda a raça pra vencer! Raça, entrega, paixão, comprometimento, união e uma vontade incrível por parte dos jogadores de retribuir tudo aquilo que eles recebem das arquibancadas. Talvez isso explique a invencibilidade de 36 jogos em casa. Há um ano e três meses alvinegros não veem uma derrota do Atlético, seja em Belo Horizonte ou em Sete Lagoas.

Enfim; uma virada sobre o maior rival não podia ter sido mais adequada para fechar e resumir um ano em que começamos totalmente desacreditados, reféns da nossa própria paixão. Porém, chegamos ao final de 2012 renovados, satisfeitos e esperançosos; certos de que vingamos sobre todas as previsões de fracasso que nos atormentavam e surpreendemos até o mais otimista dos atleticanos.

E para os torcedores de vôlei recalcados de plantão, um recado: comemoramos sim, o segundo lugar de um dos campeonatos mais disputados do mundo. A vocês atleticanos, um pedido: descansem. Depois de um ano como esse, nada melhor que umas férias para prepararmos os corações e pulmões para tudo aquilo que nos espera em 2013! Não se esqueçam que 13 é GALO!

Saudações!
Foto: Gabriel Castro

domingo, 2 de dezembro de 2012

Parabéns Galo!

De: Paula Regina



O clássico de hoje realmente foi impressionante. Não só pela vitória atleticana, mas porque foi emoção a cada minuto de jogo! Apesar de algumas falhas, os dois times estavam jogando com raça, com vontade. E souberam aproveitar muito bem as oportunidades que tiveram. Foram bolas na trave, pênalti defendido, expulsões...


Mas como sou atleticana fanática, não posso poupar elogios ao Atlético pela ótima campanha realizada este ano, e a invencibilidade em jogos em casa. 2012 foi um ano fantástico, tivemos grandes nomes e grandes revelações no elenco. Por deslises nossos, não mantivemos a liderança, mas ficamos em segundo lugar e com passe direto pra Libertadores 2013.



Quanto à torcida, não tem nem o que falar. Sempre compareceu e lotou estádio, se mostra mais apaixonada a cada dia. Sempre apoiaram e fizeram críticas quando preciso. E ainda há quem diga que somos simpatizantes...







Que 2013 seja um ano de glórias e títulos importantes, que venham muitas vitórias e mais alegrias para o Galo. E depois de tantas emoções e quase infartos, não há dúvidas que possamos sobreviver ao "fim do mundo".




          
                          
    Parabéns Clube Atlético Mineiro!



Amor branco e preto

Texto publicado no jornal Estado de Minas, em 25 de março de 2002. Foi a última homenagem de Roberto Drummond ao Atlético, no dia do 94º aniversário de fundação do clube, menos de três meses antes da sua morte.



Não diga que eu sou branco.
Que eu sou negro.
Que eu sou amarelo.
Que eu sou vermelho.
Branca e preta é a minha pele, e o Atlético é o sonho meu.
Se eu procurar o amor, e disserem que o amor morreu.
Se tentar cantar e souber que a canção acabou.
Se for trabalhar, e falarem que eu não tenho mais trabalho.
Se eu procurar meu pai e informarem que meu pai morreu.
Se eu procurar pela mãe, e falarem: sua mãe morreu.
Se chamar pela moça amada, e for em vão minha procura.
Se sentir sede, e não houver mais água.
Se tudo for assim, mesmo sem uma canção, ainda assim cantarei e gritarei:
Galo.

O Atlético é como pai da gente.
É água na hora da sede.
É o obro amigo onde você pode desabafar suas mágoas.
Se me mandarem para uma ilha deserta, ainda assim eu não estarei só, porque o Atlético vai comigo.
Se eu for pra China.

Se for pra Cochinchina, Coréia ou Japão.
Em lugar algum, cercado de estrangeiros, eu não me sentirei só porque o Atlético vai comigo.
O Atlético me ensinou a amar o mundo.
Viva o Campeão do Gelo.
Via o Atlético de todos os times.
Viva o time de Kafunga, Murilo e Ramos (depois Osvaldo), viva o grande Mexicano, um viva para o Zé do Monte, e Silva ( que morreu tuberculoso), viva Carango, depois Afonso Bandejão. 

Com Lucas, que fazia gols ao apagar das luzes, escrevo esta crônica.
Prossigo com Lauro, que ainda vive, com o meu herói e amigo Carlaile e seus gols de bicicleta, com Lero (depois Alvinho) e Nívio, que era de Santa Luzia, eu sigo em frente.
Não sou do PT, nem do PSDB, nem do PPS ou do PC do B.

Do PFL eu não sou.
Eu amanheço Lula e anoiteço Serra.
Fico indeciso em quem votar.
Só o Atlético é minha verdade.
Amo a moça loura.
Amo a morena.

A moça negra eu amo.
Mas a moça alvinegra é que mora no meu coração.
Já mudei de tudo neste mundo.

Mudei de cidade.
Mudei de partido político.
Mudei de religião e ao catolicismo voltei.
Já fui ateu e acreditava em Deus. Coisa de mineiro.
Mudei de casa.
Mudei de amor ( e a uma mulher morena voltei).
Eu só não mudei de time: faça sol ou faça chuva, anoiteça ou amanheça, na alegria e na dor, eu só não mudei de time.
O Atlético é meu café da manhã.
É o cigarro que não fumo.
É o sono que eu não durmo.
É minha insônia e minha canção.
É meu primeiro e meu último amor.
Eu sou como o atléticano.
Se houver uma camisa preta e branca pendurada no varal durante uma tempestade, o atleticano torce contra o vento.