segunda-feira, 4 de junho de 2012

Ronaldinho Gaúcho: os dois lados de uma polêmica

Por Moema Vianna


                                                         Créditos Bruno Cantini



Engraçado como o Atlético é capaz de nos levar aos mais extremos sentimentos em tão pouco tempo. Logo que começou a polêmica entre Ronaldinho Gaúcho e Flamengo nos últimos dias, deve ter passado pela cabeça de muitos alvinegros a possibilidade do presidente Alexandre Kalil tentar uma negociação com o atleta, levando em conta as últimas especulações e negociações envolvendo o Galo. Seguindo a linha de pensamento praticamente outorgada pela Rede Globo, a rejeição nacional foi incorporada antecipadamente pelos atleticanos e uma espécie de campanha contra essa possível contratação foi se espalhando entre a Massa. E confesso que também embarquei nessa. Mas se pensarmos com frieza, coisa que eu sei ser bem difícil para nós, podemos ver exemplos como o de Ronaldinho que tiveram desfechos felizes. O mais recente grande ídolo da torcida, Diego Tardelli, tinha fama de baladeiro e descompromissado quando chegou à Cidade do Galo. E deu no que deu.


Ronaldinho Gaúcho vem de uma temporada infeliz no Flamengo, e mais: saiu pela porta dos fundos do Clube com a maior torcida do Brasil. O fardo de “rejeitado”, ele já está carregando desde o momento em que bateu de frente com a diretoria rubro-negra. Não suficiente, ainda foi feita uma pesquisa com torcedores dos maiores clubes brasileiros, na qual a porcentagem de não’s para Ronaldinho chegou a 68%. Pesquisa essa, em que ele foi menos rejeitado pelos torcedores rivais do que pela própria Massa. Sendo assim, o que nos restava era rezar para que essa transação não se concretizasse, já que fomos condicionados a pensar que qualquer clube que tentasse contratar o jogador em questão, estaria assinando seu atestado de mediocridade. E ele veio. Foi anunciado hoje pelo presidente e já treinou com o time. A contratação está feita.


Ontem, temíamos mais um investimento incerto no Atlético. E hoje, a imagem de Ronaldinho vestindo a camisa do glorioso já está literalmente em todo o mundo! E agora, o que importa mais? É claro que todo torcedor alvinegro nem sempre foi de acordo com as contratações feitas pela nossa diretoria. Mas depois que o manto entra em cena, não há mais espaço para gozações, críticas, temores e medos. Agora só cabe em nós a esperança e o anseio pelas conquistas, que certamente virão. E para os invejosos de plantão, repasso um recado dado pelo nosso REI: "Para mudar a imagem dele, basta jogar, arrebentar no campo. Aí, os corneteiros se calam".
A certeza que temos, é a de que, no Galo, tudo é possível. E agora o R10, é R49! Seja bem-vindo à nação dos que torcem contra o vento, Ronaldinho!

2 comentários:

  1. Ótimo artigo.
    O R10 está desacreditado, escolhido pela imprensa paulista como bode da vez. Por enquanto ninguém quer, Kalil e Cuca mandaram muito bem.
    Ele vem num momento de dúvida, onde terá de mostrar serviço e por apenas seis meses. O Galo vai ganhar no marketing e nos campos muito provavelmente também.
    Jogando um quinto do que ele joga, já se equipara a maioria dos melhores jogadores em atuação no Brasil hoje. É só lembrar dos confrontos com o Santos ano passado e com o próprio Galo, onde o time dormiu e ele aprontou.
    Saudações Alvi-negras.

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